terça-feira, 13 de julho de 2010

VALIDADE DOS ALIMENTOS


Fique de olho no rótulo: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% da população já sofreu de intoxicação alimentar por consumir produtos vencidos

Por Priscila Moreira

Ao comprar um alimento fresco, você se preocupa com a sua aparência, pois é ela quem revela se o ingrediente está adequado - ou não - para o consumo. Porém, quando o assunto são alimentos industrializados, principalmente os que necessitam de refrigeração, além da aparência existem outras preocupações fundamentais. No Brasil, desde o inicio dos anos 1980, há uma lei vigente que exige das indústrias de alimentos que estampem, de forma visível nas embalagens, informações fundamentais do produto, como datas de fabricação e validade, peso e lote.
Até a data de vencimento, as empresas garantem as características organolépticas do produto, ou seja, as propriedades que podem ser percebidas pelo consumidor, por meio dos sentidos humanos. Após esse período, o fabricante pode se isentar de qualquer responsabilidade sobre o alimento consumido. "Por essa razão, é importante que durante a compra o consumidor confira o prazo de validade, pois se por acaso ele comer algum produto vencido, há o risco de adquirir um quadro de intoxicação alimentar, que pode ser percebido por mal-estar, dor abdominal, vômitos e diarreia", informa o toxicologista Anthony Wong do Hospital da Clínicas, em São Paulo.
Algumas dicas de especialistas para a compra e armazenagem de alimentos congelados e refrigerados. Confira:
- No supermercado:
Preste atenção nas promoções! Geralmente os produtos ofertados estão perto da data de vencimento, portanto compre somente o que realmente vai ser consumido dentro daquele período;

Confira sempre a temperatura das geladeiras. Para produtos congelados a temperatura ideal é de -18ºC e para refrigerados é de 8ºC;

Quando for escolher congelados, preste atenção na embalagem. Se estiver amolecida, umedecida ou com pedras de gelo na parte de baixo, deixe o produto no supermercado. Essas características podem significar que houve alteração na temperatura ideal do produto;
Deixe os refrigerados para o final das compras e, de preferência, transporte-os dentro de uma bolsa térmica direto para a sua geladeira. Esse trajeto deve ser feito em um período máximo de 30 min.

Se for possível compre os refrigerados e congelados de 15 em 15 dias assim você corre menos risco de comprar um produto e não poder consumi-lo devido à data de validade.
- Em casa:
Quando for descongelar produtos que estão no freezer, coloque-os dentro da geladeira, pois o degelo deve ser gradual. Nunca os deixe em contato com a temperatura ambiente, já que tal atitude pode resultar em uma rápida deterioração.
O uso do micro-ondas só está liberado se você for consumir o produto logo após o degelo;

Alimentos descongelados e "recongelados" perdem água e com ela nutrientes, portanto retire da geladeira somente o que você vai usar naquele momento;
Fontes: Anthony Wong, toxicologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo; e Gumercindo Silva, engenheiro alimentar.

Orégano: antiinflamatório natural

Orégano: Erva da Saúde


Os temperos em geral são usados para dar mais sabor na hora do preparo dos alimentos.

Uma das ervas que possui benefícios ao organismo e deve ser usada na cozinha é o orégano, pois contém vitaminas e minerais que atuam como antioxidantes, retardando o envelhecimento.

O orégano previne alguns cânceres, diminui a diarréia, dores abdominais e ajuda no tratamento de úlceras.

O tempero pode ser usado no preparo de pães, vegetais marinados, abobrinha, couve-flor, carne assada, pizzas, tortas salgadas, saladas, molhos e peixes.

Escolha os de sabor aromático e cheiro doce, assim os alimentos ficarão ainda mais saborosos!
O orégano é uma erva aromática muito utilizada na culinária.


O que muita gente não sabe é que além de conferir à pizza seu sabor típico, o orégano ainda atua como um antiinflamatório natural. Isto porque a erva contém uma substância biologicamente ativa denominada beta-cariofilina (E-BCP), também encontrada no manjericão, no alecrim, na canela, e na pimenta preta.

Esta substância também tem um efeito protetor contra a osteoporose e a aterosclerose.

domingo, 20 de junho de 2010

O ovo e a saúde

O ovo é um alimento de grande valor nutritivo. Contém proteínas, vitaminas e minerais, ácidos graxos saturados e insaturados, junto a outras sustâncias não menos importantes, o ovo é recomendado como alimento para uma dieta variada e equilibrada.

Os ovos contêm quantidades apreciáveis de vitaminas e minerais, destacando as vitaminas A, D, E, e do grupo B. Entre os minerais predominam o ferro, fósforo, zinco e selênio.

O ovo é um alimento de elevado teor de proteínas de excelente qualidade.

O conteúdo de lipídeos de um ovo é de 11%, tendo especial importância sua riqueza em fosfolípideos. A relação entre ácidos graxos saturados/insaturados é favorável em termos de nutrição.

No período de crescimento, as crianças e adolescentes, devem considerar os ovos como um alimento recomendado para sua correta nutrição. Por isso seu consumo nas primeiras décadas da vida tendo poucas limitações. Nestas idades o medo do colesterol conduz, às vezes, a restrições de alimentos, como o ovo. O que pode ser causa de desequilíbrios na nutrição, crescimento e saúde.

Nas pessoas de idade avançada, o nível de colesterol no sangue tem mais importância, no ponto de vista cardiovascular. Uma dieta restritiva pode desembocar em carências de proteínas, vitaminas e minerais. O ovo pode ser um alimento de alto valor nutritivo, pode melhorar o estado nutricional e de saúde dos idosos. Além, da colina do ovo favorecer a função mental dos idosos que tem níveis insuficientes de acetilcolina.

O nível de colesterol de uma pessoa não é conseqüência do consumo de um alimento concreto, mas sim, de sua dieta total, além de outros fatores. As medidas restritivas na dieta, devido aos prejuízos em torno do colesterol do ovo, podem levar a situações de deficiência em outros nutrientes.

No controle do colesterol, não é só o conteúdo de colesterol que influencia, mas também outros fatores, como a quantidade de vitaminas e minerais dos alimentos, assim como seu conteúdo de ácidos graxos saturados e polinsaturados e a relação entre ambos. No caso do ovo, esta relação é favorável quanto a sua influencia sobre o nível dos lipídeos sanguíneos.

COMO PREVINIR A SALMONELA

· Compre sempre ovos com a casca intacta e limpa;

· Respeite a data de validade;

· Não lave os ovos antes de colocá-los na geladeira para sua conservação;

· Não quebre o ovo nas bordas dos recipientes onde eles serão colocados;

· Não separe as claras das gemas com a própria casca do ovo;

· Não deixe os ovos, nem os alimentos que contenham ovo, mais de duas horas a temperatura ambiente;


PERGUNTAS E RESPOSTAS

- Que valor nutritivo tem o ovo?
O ovo é um alimento muito completo, e pode ser consumido em todas as idades.

- Quantos ovos se podem comer na semana?
Não se pode decidir qual a quantidade exata que se deve consumir de somente um alimento. Em uma dieta equilibrada e saudável não contitui nenhum problema o consumo de quatro a cinco ovos na semana.

- O ovo é digestível?
O ovo pode ser consumido a qualquer hora. A maior ou menor facilidade para digerí-lo depende muitas vezes de sua preparação. Não é recomendado o consumo do ovo cru.

- O ovo é responsável pela salmonela?
Em geral a salmonela é produzida devido a uma manipulação incorreta tanto do ovo como de outros alimentos. Para evita-la mantenha limpa as mãos e os utensílios de cozinha. O adequado cozimento destrói as possibilidades de bactérias contaminantes. E no verão deve-se conservar os alimentos bem resfriados.

- Para que serve o colesterol?
O colesterol é necessário para a vida e o normal funcionamento de nosso organismo.Grande parte do colesterol que necessitamos é produzido pelo fígado, que regula sua fabricação em função das necessidades.

O ovo por si mesmo não é responsável pelo nível de colesterol no sangue. Este depende, entre outros fatores, da predisposição genética e da totalidade de gorduras saturadas incluídas na dieta.


Fonte: Nucleo Estudo

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Obesidade Infantil, coisa de criança mas um assunto de gente grande!!!!

Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, a obesidade já atinge 10% das crianças e 20% dos adolescentes brasileiros. Ela está presente em todas as classes sociais e já se tornou um problema de saúde pública.

As causas da obesidade são muitas: má alimentação, sedentarismo, antecedentes familiares, hormonal.
As conseqüências são várias: aumento de colesterol, risco de contrair diabetes e doenças cardiovasculares, problemas respiratórios e ortopédicos, provocados pela sobrecarga de peso, com lesão do sistema ósteoarticular, principalmente nos períodos de estirão do crescimento.

Bebês estão sendo superalimentados com leite em pó

Segundo um estudo produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), muitos bebês, que usam o leite em pó como principal alimento, estão sendo superalimentados nos seus primeiros meses de vida, o que pode explicar, em parte, por que a obesidade infantil vem aumentando tanto nos últimos 20 anos.
Algo de mágico deve existir no leite materno, porque as necessidades calóricas dessas crianças que são alimentadas exclusivamente de leite materno são cerca de 7% menor do que aquelas que se alimentam de leite em pó.
No mesmo sentido, vários países do mundo vêm estudando o papel da amamentação no peito na prevenção da obesidade. A relação existe, embora o mecanismo não seja totalmente entendido. Mas existem hipóteses que vão em três direções, e que podem ser complementares. Pela abordagem comportamental, amamentar no peito seria um sinal de que a mãe dá mais tempo e cuidados ao bebê. Desta forma, também continuaria se ocupando de sua alimentação depois que ele deixa o peito.
A segunda hipótese seria a da auto-regulação que o aleitamento proporciona ao bebê, que mama apenas o quanto precisa e pára quando está satisfeito. Na mamadeira as mães sempre acabam forçando, pois querem que o bebê ''tome tudo''.
Finalmente, a terceira explicação seria um estudo desenvolvido por uma equipe do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, EUA, que revelou que o leite materno contém uma proteína capaz de diminuir o risco de obesidade. Foi verificada a presença de altos níveis de uma proteína, a adiponectina, que regula como o corpo processa açúcares e as substâncias gordurosas do leite. Para os cientistas, a presença desta proteína no leite materno pode influenciar a obesidade do futuro adulto.

ERRO INICIAL

Em geral, os bebês preferem sabores doces e salgados aos amargos e azedos. Essa preferência tem uma explicação evolucionária: o doce é indicativo da quantidade de energia da comida, e a aversão a azedos e amargos uma forma de proteção contra alimentos estragados. Daí se chamar de ''paladar infantil'' aquela pessoa que só aceita sabores mais primários.

Quanto mais a criança for estimulada em experimentar o paladar de alimentos de sabores mais delicados, menos tolerante ela será ao excesso de sal e do açúcar, que é a condição ideal para a alimentação mais natural e integral.

Infelizmente, o inverso da equação também dá certo, ou seja, quando a criança se acostuma com refeições muito doces ou salgadas, acaba não conseguindo apreciar o sabor mais sutil de frutas e legumes.

A família toda deve ser envolvida na reeducação alimentar, senão não funciona. Dar o exemplo é fundamental. Educação alimentar talvez seja a melhor expressão, pois é como se muitas crianças - e adultos também - fossem analfabetas no assunto. Assim como quase tudo na vida, comer é algo que se aprende, e para isso o paladar deve ser treinado. Nesse processo, além do exemplo, pesa a determinação dos pais - que também precisam ser ''educados'', é claro.

Vale a pena insistir em apresentar um novo alimento à criança, em vez de ceder na segunda vez que ela disser que não gosta. Segundo estudos, é preciso oferecer uma comida nova cerca de dez vezes a uma criança até ela se familiarizar com o alimento.

Carinho que alimenta

Segundo pesquisa da psicóloga Patrícia Spada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a obesidade infantil muitas vezes decorre de uma dificuldade de comunicação entre a mãe e seu filho, desde antes da fala. Patrícia avaliou 92 mulheres com filhos obesos, de até 10 anos, em que a doença não tinha causas hormonais.

''Muitas mães de crianças obesas demonstram dificuldade em perceber o que o filho quer quando chora, que pode ser por fome, mas também pode ser por frio e necessidade de carinho. Acabam fazendo da comida o único vínculo entre eles'', explica a psicóloga. Assim, o ato de comer passa a ser fonte não só de energia, mas também de afeto.

Pais não querem enxergar a obesidade dos filhos
Pais de crianças e adolescentes custam admitir que seus filhos estão acima do peso, segundo uma pesquisa (Hospital Derriford, em Plymouth, Inglaterra) com os pais de 277 crianças obesas, quando apenas 25% deles admitiam que seus filhos estavam com excesso de gordura corporal.

Um terço das mães e um pouco mais da metade dos pais disseram que elas estavam com o peso "normal". Tal fato pode sinalizar uma relutância em admitir um problema ou por comodismo, já que estar acima do peso se tornou algo comum.

Mas para resolver tal problema é fundamental o reconhecimento e a participação dos pais. Afinal, é quase impossível que as crianças resolvam esse problema sozinhas.

Dizer que criança gordinha é criança saudável é coisa do passado. Hoje é consenso que criança saudável é aquela que está dentro do seu peso e tem uma alimentação equilibrada. Sabemos que 80% das crianças obesas se tornarão adultos obesos. E quanto mais cedo essa obesidade se apresentar, mais doenças associadas a ela vão surgir. Diabetes, hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicérides levam a doenças do coração e problemas ortopédicos. E, pasmem, a obesidade está ligada até ao câncer.

Para saber se seu filho está acima do peso, o médico irá calcular o IMC (peso dividido pela altura ao quadrado) e aplicá-lo a uma curva de crescimento.

Crianças obesas têm mais chance de doença cardíaca

Pesquisadores da Universidade de Tulane, EUA, baseados no mais recente estudo sobre a obesidade infantil, afirmam que crianças com excesso de gordura corporal tendem a ter o ventrículo esquerdo do coração maior quando crescem, aumentando as chances de doenças cardíacas.

Os dados mostram uma necessidade de prevenir problemas de peso ainda na infância, evitando sobrecarregar o coração com carga extra da pressão sanguínea, e outros problemas de saúde correlatos, que podem contribuir para uma mudança na estrutura do coração.

Promover uma mudança no estilo de vida das crianças é a melhor maneira de combater o avanço da obesidade infantil.

Apesar da desnutrição ainda ser uma realidade brasileira, 70 milhões de brasileiros (40% da população), estão acima do peso adequado.

Levantamento nacional feito em 1975 e 1997 mostra que a obesidade aumentou de 8% para 13% em mulheres, de 3% para 7% em homens e de 3% para 15% em crianças.

E segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% em 20 anos. Esse dado assustador se deve aos hábitos alimentares inadequados e pouca atividade física.

Além do sedentarismo que atinge nossas crianças, os alimentos tradicionais da cultura brasileira (arroz, feijão, carne, saladas, legumes e frutas) foram substituídos por alimentos industrializados de alto valor calórico, mas nutricionalmente pobres (caloria vazia). Nos lanches, ao invés de frutas ou sanduíches leves, as crianças comem salgadinhos industrializados, frituras, biscoitos recheados e refrigerantes.

A solução para esse grave problema de saúde pública, é promover mudanças no estilo de vida da população.

1.Praticar atividades físicas diariamente por pelo menos 30 minutos: caminhar, andar de bicicleta, jogar bola, correr, nadar. Temos de incentivar a prática da atividade física prazerosa e criativa. A atividade física adequada depende da aptidão e da escolha da criança. Exercitando-se com prazer, ela não abandona o esporte.

2.Fazer todas as refeições com os alimentos adequados para cada uma delas: café da manhã, lanche, almoço, lanche vespertino, jantar e ceia.

3.Não substituir água e sucos naturais por refrigerantes ou sucos artificiais.

4.Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes diariamente, em especial os da estação.

5.As refeições devem ser feitas à mesa, com tranqüilidade.

Nunca é tarde para ensinar bons hábitos alimentares aos nossos filhos. E quanto mais cedo começarem as mudanças, melhor. Instalar hábitos alimentares saudáveis aos três anos é mais fácil do que quando a criança está com 10 anos. Se a criança já está gordinha, sinal de problema e não é hora de cruzar os braços e deixá-la comer o que quiser. Tratado o problema no seu início as chances dela tornar-se um adulto obeso ou com um manequim padrão são as mesmas: de 50%. Já um adolescente obeso reduz para cerca de 20% a sua probabilidade de vir a ter um peso normal um dia, se não interromper o ciclo vicioso que o leva a comer em excesso.

Dez erros a serem evitados

1. Brincadeiras e distrações: hora de comer é hora sagrada, evitar distrações, visitas, telefonemas, fazer aviãozinho. Cuidado com os mimos e a manha;

2. Sempre dizer sim: criança sem limites abusa na quantidade e na péssima escolha do alimento. Deve-se buscar ser mais liberal em outras situações;

3. Ceder ao primeiro não gosto disso: a criança tende a dizer que não gosta do que nunca provou. Cada um pode comer o que quiser, mas experimentar é fundamental;

4. Comida como recompensa: ''coma esta salada para ganhar a sobremesa'' passa a idéia de que salada não é bom e que a sobremesa é tudo de bom;

5. Lanches fora de hora: o ideal são 6 refeições diárias, e evitar beliscar fora de hora;

6. Chantagem: ''se não comer a cenoura, não ganha presente''. Isso só vai aumentar o ódio que a criança sente dos legumes;

7. Substituir refeições: não quer arroz e feijão, então toma só a sobremesa. Esse erro é muito comum, e se a criança conseguir uma vez, vai repetir a estratégia sempre;

8. Tornar o comer na rua um programão: a comida de casa vai ficar meio sem graça;

9. Falta criatividade na comida: a criança vai enjoar;

10. Dar o exemplo: não adianta mandar tomar sucos e beber refrigerante.

Então mamães e papais, muito cuidado ao ceder as vontades de seus filhotes, afinal negar uma besteira pode torna-lo um pessoal saudável amanhã.

Tatiane Holanda - Técnica em Nutrição Dietética